O joelho é a parte do corpo que mais provoca queixas nos bailarinos. É
também a maisincapacitante, de acordo com avaliação feita na Santa Casa
de São Paulo em estudo ainda não publicado.
As queixas relacionadas ao joelho decorrem principalmente da
sobrecarga do mecanismo extensor, ou seja, das estruturas que permitem
que o joelho se extenda, e caracterizam-se pela dor na parte da frente
do joelho. Diversos diagnósticos podem estar associados à esta dor, como
a tendinite patelar, a condromalacea da patela e a dor femoropatelar,
entre outros. As queixas ocorrem principalmente durante o trabalho de
ponta, na aterrizagem de saltos e em exercícios com o joelho muito
flexionado (Plie, Gran Plie). No começo, a dor ocorre no inicio dos
exercícios, melhorando depois de alguns minutos e retornando depois do
treino . Com o tempo, o joelho passa a doer durante toda a atividade, e,
finalmente, passa a doer mesmo fora do ballet, principalmente quando a
pessoa permanece sentada por períodos prolongados, como em uma aula da
escola ou no cinema.
A sobrecarga está associada não apenas ao excesso de exercícios, mas
principalmente a um desequilíbrio muscular – tanto que essa é uma das
ocorrências mais frequentes em pessoas sedentárias que iniciam uma
prática esportiva sem ter a musculatura preparada para tal. O tratamento
inicial consiste basicamente na fisioterapia para reequilíbrio
muscular, e o resultado dessa fisioterapia quando bem realizada costuma
ser bastante satisfatório para o controle da dor.
Entre as lesões traumáticas, as mais comuns são as que ocorrem nos
ligamentos. Ainda que as ocorrências sejam muito menos frequentes do que
nos esportes de contato, como o futebol e o basquete, eventualmente os
bailarinos também têm esses tipos de lesões, que são bastante
incapacitantes e na maioria das vezes requerem tratamento cirúrgico.
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