A
vida de uma bailarina é cheia de desafios e obstaculos que nos causam
dor e sofrimento. Porém não há emoção maior do que a glória e o prazer
que sentimos no dia de um espetáculo.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Dançar...Dançar
"Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"
Gostei desta imagem pois a garota parece comigo!!=D
Gostei desta imagem pois a garota parece comigo!!=D
A Mais Bela Arte
A
MAIS BELA ARTE ! ENSINAR! PARABÉNS A TODOS OS MESTRES MARAVILHOSOS QUE
ATÉ HOJE VIVEM A PROPORCIONAR A TRADIÇÃO DE NOSSA ARTE CLÁSSICA!
Não Precisamos
Não precisamos de uma sapatilha, precisamos apenas dos pés.
Não precisamos do coque, só precisamos de perfeição.
Não precisamos de alguém para nós ajudar, precisamos saber dançar sozinhas.
Não precisamos de uma professora para nos ajudar, precisamos de uma barra de ferro e dos pés para aprender a dançar sozinhas.
E dai que os nossos pés estão machucados...Podem estar mas é com orgulho que tenho meus pés machucador por uma sapatilha.
Sou bailarina não apenas alguém que dança com sapatilhas e com um coque ou uma trança...
Não precisamos do coque, só precisamos de perfeição.
Não precisamos de alguém para nós ajudar, precisamos saber dançar sozinhas.
Não precisamos de uma professora para nos ajudar, precisamos de uma barra de ferro e dos pés para aprender a dançar sozinhas.
E dai que os nossos pés estão machucados...Podem estar mas é com orgulho que tenho meus pés machucador por uma sapatilha.
Sou bailarina não apenas alguém que dança com sapatilhas e com um coque ou uma trança...
A Bailarina
A bailarina
A bailarina,
como frágil lamparina,
como pequeno colar,
faz do ar sua casa,
sua estrada pontilhada
de água.
Entre uma estrela e outra
a bailarina descansa.
Ali onde os humanos
não podem ir,
só o loucos
e os que sabem
que com um desejo
se constrói um planeta.
A bailarina,
como frágil lamparina,
como pequeno colar,
faz do ar sua casa,
sua estrada pontilhada
de água.
Entre uma estrela e outra
a bailarina descansa.
Ali onde os humanos
não podem ir,
só o loucos
e os que sabem
que com um desejo
se constrói um planeta.
Danço...
Danço...
Não apenas por dançar;
Mas por sentir em cada partícula de meu corpo;
As notas de uma música que nunca para;
Uma música que surge dentro de mim
Cada vez que penso em dança;
Meu corpo ganha uma vida exuberante;
Um brilho que nenhum ser humano tem;
Minhas mãos falam várias línguas;
Que todos conseguem entender;
Meus pés ganham vida como se dançassem sós;
Meu corpo grita;
Todas as palavras do meu espírito;
Como se eu nunca tivesse falado;
Isso é dançar;
Isso é viver a dança;
E senti-la cada vez mais;
Isso é apenas dançar.
Não apenas por dançar;
Mas por sentir em cada partícula de meu corpo;
As notas de uma música que nunca para;
Uma música que surge dentro de mim
Cada vez que penso em dança;
Meu corpo ganha uma vida exuberante;
Um brilho que nenhum ser humano tem;
Minhas mãos falam várias línguas;
Que todos conseguem entender;
Meus pés ganham vida como se dançassem sós;
Meu corpo grita;
Todas as palavras do meu espírito;
Como se eu nunca tivesse falado;
Isso é dançar;
Isso é viver a dança;
E senti-la cada vez mais;
Isso é apenas dançar.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Crianças!!
Amores vou confessar uma coisa a vcs, até 10 anos atras pensava que qnd entrava no ballet jah sabia fazer o grand ecárt (hahah) e jah subia na ponta kkk, mas qnd entrei percebi que esses são depois de anos de ballet!!!
kkkkkkkkkkkkkk, afinal ñ fui diferente, eu axu, vcs tbn pensavam assim? Diz aí pode ser até anonimo, ok?
10 Coisas Que Uma Bailarina Não Diria
10. Você vai terminar essas fritas com queijo?
9. Quero pegar essa coreografia do Rebolation.
8. Eu fico louca com todos aqueles giros.
7. Meu sonho é fazer uma versão em balé de “Tom e Jerry”
6. Os jogadores de futebol podem se coçar. Por que não podemos?
5. Eu não sei o que eu gosto mais – ‘Lago dos Cisnes’ ou aquele cd da Furacão 2000.
4. Quando eu tenho que pular muito alto, eu finjo que há um furão me mordendo na bunda.
3. Eu amo a Amy Winehouse!
2. Queria que ela dançasse comigo, ao invés desse gaylarino.
1. Quem homem vai me querer com esses pés deformados?
Caracteristicas De Uma Bailarina
Oiii gente!!!!Nesses dias, estava conversando com minhas amigas, quando
de repente percebi que elas falavam sobre um outro assunto, entre
elas...Perguntei o que era, e elas falaram: " Tinha que ser uma
bailarina mesmo..." Não entendi, o contexto da frase no assunto, e disse
que não havia entendido...Elas disseram: "Jade, você só pode ser uma
bailarina mesmo! Olha como você está sentada, toda 'esticada (postura),
com os pés esticadinhos! Da onde surgiu isso, menina?!!"
Começamos a rir, e percebi que várias pessoas já falaram isso de mim...Postura, coerência, e delicadeza estão sempre ao meu redor...Maluquice????Não! Percebi que são características de bailarina... Não sei se vocês também são assim, mas eu absorvi muitas caracteríticas bailarinísticas... Achei isso engraçado e resolvi colocar no blog!
TESTE: Você tem características de uma bailarina?
1. Para ir a escola ou ao trabalho, você...
A- Usa o cabelo solto e ao final do dia, apenas dá um nó prático.
B- Usa- o bem presinho, e sempre dá uma conferida para ver se está arrumadinho.
C- Deixa o cabelo bem "LIVRE", não arruma, só põe um pouquinho de creme.
2. Seu estilo é mais...
A- Básica, jeans e camiseta, são seus aliados, conforto é o principal!
B- Romântica, vestidinhos, blusinhas coloridas e sapatilhas, você adora!
C-Roqueira, roupas escuras, unhas pretas (esmalte!) e caveirinhas são IRADOS!
3- Sua cor preferida é...
A- Branco, azul...
B- Rosa, Lilás...
C- Preto, prata...
4- Suas bijuterias são...
A- Não gosto muito de bijuterias! Um colar no máximo!
B- Adoro pérolas e brincos pequenininhos mas notáveis!
C- Usar mil e uma pulseirinhas de plástico!
5- O que você acha sobre as músicas de Mozart, Tchaikovsky...
A- Me dá sono, pra ser sincera...QUE TÉDIO!
B- Conheço e acho que são envolventes e lindas!
C- O que é isso?! É de comer?
6- Seus filmes preferidos são de:
A- Drama e suspense
B- Comédias românticas
C- Terror e sobrenatural
7- Qual é seu hobby?
A- Ir ao cinema, cozinhar
B-Ler, Escrever e dançar
C- Ouvir músicas, ir a shows e dormir
8- Gosta de comer...
A- Salada e só!
B- Um pouco de tudo mas moderado!
C- Pizza, sorvete, cachorro quente, refri... Suco? Salada? ECAAA!
RESULTADO:
Mais letra A
Você é uma´pessoa normal, age como uma pessoa comum!
Mas não ´parece com uma bailarina ideal!
Mais letra B
Você é uma bailarina completa! Age como uma, fala como uma!
Parabéns, continue assim!
Mais letra C
Você não tem nada a ver com uma bailarina!
Está em um caminho TOTALMENTE oposto!!!!
Gostaram?
Eu que fiz!
Beijinhos
Começamos a rir, e percebi que várias pessoas já falaram isso de mim...Postura, coerência, e delicadeza estão sempre ao meu redor...Maluquice????Não! Percebi que são características de bailarina... Não sei se vocês também são assim, mas eu absorvi muitas caracteríticas bailarinísticas... Achei isso engraçado e resolvi colocar no blog!
TESTE: Você tem características de uma bailarina?
1. Para ir a escola ou ao trabalho, você...
A- Usa o cabelo solto e ao final do dia, apenas dá um nó prático.
B- Usa- o bem presinho, e sempre dá uma conferida para ver se está arrumadinho.
C- Deixa o cabelo bem "LIVRE", não arruma, só põe um pouquinho de creme.
2. Seu estilo é mais...
A- Básica, jeans e camiseta, são seus aliados, conforto é o principal!
B- Romântica, vestidinhos, blusinhas coloridas e sapatilhas, você adora!
C-Roqueira, roupas escuras, unhas pretas (esmalte!) e caveirinhas são IRADOS!
3- Sua cor preferida é...
A- Branco, azul...
B- Rosa, Lilás...
C- Preto, prata...
4- Suas bijuterias são...
A- Não gosto muito de bijuterias! Um colar no máximo!
B- Adoro pérolas e brincos pequenininhos mas notáveis!
C- Usar mil e uma pulseirinhas de plástico!
5- O que você acha sobre as músicas de Mozart, Tchaikovsky...
A- Me dá sono, pra ser sincera...QUE TÉDIO!
B- Conheço e acho que são envolventes e lindas!
C- O que é isso?! É de comer?
6- Seus filmes preferidos são de:
A- Drama e suspense
B- Comédias românticas
C- Terror e sobrenatural
7- Qual é seu hobby?
A- Ir ao cinema, cozinhar
B-Ler, Escrever e dançar
C- Ouvir músicas, ir a shows e dormir
8- Gosta de comer...
A- Salada e só!
B- Um pouco de tudo mas moderado!
C- Pizza, sorvete, cachorro quente, refri... Suco? Salada? ECAAA!
RESULTADO:
Mais letra A
Você é uma´pessoa normal, age como uma pessoa comum!
Mas não ´parece com uma bailarina ideal!
Mais letra B
Você é uma bailarina completa! Age como uma, fala como uma!
Parabéns, continue assim!
Mais letra C
Você não tem nada a ver com uma bailarina!
Está em um caminho TOTALMENTE oposto!!!!
Gostaram?
Eu que fiz!
Beijinhos
domingo, 23 de setembro de 2012
Dúviida!!
Trabalhando a Ponta
Ooi, Catarina aqui,
gente, hoje vim aqui falar sobre A Ponta, e o quanto de trabalho que
ela dá, poisé, gente quando uma bailarina começa a usar a sapatilha de
ponta, pelo fato dela estar acostumada a usar sapatilha de meia ponta,
que é mole, ela estranha a sapatilha de ponta, ( é de se esperar, porque
é gesso. né haaha ) então vim aqui dar duas dicas pra amolecer a
ponta!! =D
Dica nº 1: Nos primeiros meses de uso da ponta, umedeça a parte de dentro da sapatilha ( não é pra enxarcar, molhe os dedos, e passe os dedos molhados na sapatilha, mas deixe ela toda úmida ), e conforme você vai fazendo aula com a ponta úmida, ela vai se moldando ao seu pé, e quando a sapatilha fica com o formato do seu pé, ela fica beeeeeeeeeeeeem melhor de se trabalhar.
Dica nº 2: As bailarinas adultas usam o termo " quebrar a ponta " e as bailarinas iniciantes não entendem o que isso quer dizer, bem, vou explicar: Se você quebrar a ponta da sua sapatilha, ( a ponta do gesso ) você não consegue mais usar a sua sapatilha, porque não dá mais pra subir na ponta, e/ ou pode acabar machucando seu pé, Mas se você quebrar sua sapatilha no meio da sola do pé, ela fica bem mais fácil de se trabalhar, porque fica mais macia, você tem opções pra conseguir quebrar sua ponta:
~> Tente sempre descer da ponta passando pela meia ponta!!
~> Vire sua sapatilha de ponta, de forma que a sola fique para cima ( fora do pé, né gente ) e bata com um martelinho suavemente até quebrar!!
~> Bata com a sapatilha na ponta da barra, ou na quina de uma parede!!
Dica nº 1: Nos primeiros meses de uso da ponta, umedeça a parte de dentro da sapatilha ( não é pra enxarcar, molhe os dedos, e passe os dedos molhados na sapatilha, mas deixe ela toda úmida ), e conforme você vai fazendo aula com a ponta úmida, ela vai se moldando ao seu pé, e quando a sapatilha fica com o formato do seu pé, ela fica beeeeeeeeeeeeem melhor de se trabalhar.
Dica nº 2: As bailarinas adultas usam o termo " quebrar a ponta " e as bailarinas iniciantes não entendem o que isso quer dizer, bem, vou explicar: Se você quebrar a ponta da sua sapatilha, ( a ponta do gesso ) você não consegue mais usar a sua sapatilha, porque não dá mais pra subir na ponta, e/ ou pode acabar machucando seu pé, Mas se você quebrar sua sapatilha no meio da sola do pé, ela fica bem mais fácil de se trabalhar, porque fica mais macia, você tem opções pra conseguir quebrar sua ponta:
~> Tente sempre descer da ponta passando pela meia ponta!!
~> Vire sua sapatilha de ponta, de forma que a sola fique para cima ( fora do pé, né gente ) e bata com um martelinho suavemente até quebrar!!
~> Bata com a sapatilha na ponta da barra, ou na quina de uma parede!!
Fortalecendo as Pernas
Ooi gente,. Catarina aqui,
vim falar sobre as pernas de uma bailarina, todas nós sabemos que
bailarinas tem que ter pernas fortes para poder sustentar seu próprio
peso em meio a levantamento de pernas, giros, piruetas... Mas não é tão
fácil ter pernas fortes, aqui eu mostro a vocês uma série de exercícios
para fortalecer as pernas:
• O
primeiro passo é fazer um alongamento, focando na região das pernas.
Após isso comece os exercícios. Eles devem ser feitos de forma lenta e
com um ritmo fixo. A respiração deve ser constante e profunda. Caso você ache que a atividade tornou-se fácil, uma boa alternativa é acrescentar peso aos exercícios.
•
Parte lateral das coxas: deite-se em um colchonete e erga as pernas em
90°, com as solas dos pés paralelas ao teto. Mantenha os braços
esticados do lado do corpo e nenhum momento retire as costas ou cabeça
do chão. Faça pequenas aberturas com as pernas, movimentando-as
lateralmente. Não flexione o joelho e também não deixe que elas se
aproximem do desçam, de modo a diminuir o grau delas em relação ao chão.
Faça três séries de dez repetições cada.
• Parte
superior e inferior das coxas: em pé, dê uma pequena abertura entre as
pernas e flexione o joelho. Com os braços estendidos a frente, suba e
desça o tronco até as pernas ficarem paralelas ao chão. O esforço deve
ser feito na região superior das coxas. Não deixe que sua perna se abra
lateralmente (mantenha sempre a mesma distância entre os joelhos) e nem
que sua coluna se envergue. Este tipo de agachamento pode ser feito em 3
séries de 8 repetições.
• Panturrilhas:
posicione-se em um degrau de modo que da ponta até o meio do seu pé
fique apoiado e o resto fique para fora. Suba e desça o seu corpo,
concentrando a força na região da panturrilha. O movimento deve ser
somente para cima e para baixo e não para os lados. A coluna deve
permanecer alinhada e o corpo totalmente reto. A cabeça deve estar
direcionada para frente e as mãos ao lado do corpo. Já os joelhos podem
dar uma leve flexionada. Você pode fazer uma perna de cada vez ou as
duas ao mesmo tempo. Faça 3 séries, cada uma com 12 repetições.
Arco do Pé
Oiie, Catarina aqui, eu estava a procura de exercícios para
fortalecer o arco do pé, para assim consequentemente melhorar a sua
ponta, deixando-a mais bonita ;]
Exercícios retirados de: http://www.bailarinas.kit.net/Tecnica/arco_dos_pes.htm
Arco dos pés
1) Descanse
seu pé (tente manter seus dedões do pé fora do chão de forma que você
usa seu arco para esticar seu pé) e lentamente tente esticando seu
joelho, mantendo o bol de seu pé o mais próximo possível do chão. Quando
você esticar seu joelho, tente empurrar o bol de seu pé o mais perto do
chão usando apenas seus músculos. Isso ajudará a dar força para esticar
o pé ao máximo.
2) Estique
seu pé o máximo que conseguir, flexionando apenas seus dedos. Esse
exercício ajuda a fortalecer o arco do pé, pois ensina como estica-lo da
maneira correta. Enquanto fizer este exercício estique o joelho, para
trabalhar completamente os músculos da sua perna, o que dará uma boa
estabilidade ao subir na meia ponta.
3) Envolva
seu pé em algo redondo (lata, bola, etc), se esforçando ao máximo para
esticá-lo ao redor disso, levante-o tentando manter a mesma posição.
4) Esse
é um exercício lento de battement tendu e pode ser feito como parte do
aquecimento. O desafio está em manter o pé preso ao chão, arrastando,
mas sem transferir o peso (fotos 1 e 2). Esse é um ótimo
alongamento para os músculos da coxa, além de fortalecer os pés no
trabalho da meia-ponta para ponta.
Exercícios retirados de: http://www.bailarinas.kit.net/Tecnica/arco_dos_pes.htm
Ballet Neoclássico
Ooi gente, Catarina aqui,
hoje vim fazer um post que eu e a Amábilly criamos, sobre Ballet
Neoclássico, o que é isso? Bem, a dança neoclássica basicamente é tudo o
que foge do clássico, é menos rígido do que o balé clássico, e muitas
vezes os bailarinos dançam em tempos mais extremos e executam movimentos
mais
livres, pode utilizar vestuário, música, coreografia,
cenários variados, sem toda a perfeição do clássico. Pode ser dançado com qualquer música.
A História do Neoclássico:
"O Ballet Neoclássico é um balé que usa o estilo que usa o vocabulário do ballet tradicional, mas é menos rígido do que o balé clássico. Por exemplo, muitas vezes os bailarinos dançam em tempos mais extremos e executam movimentos mais livres.
A História do Neoclássico:
"O Ballet Neoclássico é um balé que usa o estilo que usa o vocabulário do ballet tradicional, mas é menos rígido do que o balé clássico. Por exemplo, muitas vezes os bailarinos dançam em tempos mais extremos e executam movimentos mais livres.
O neoclássico é geralmente mais moderno e complexo do que o
ballet clássico.
É o estilo do século 20. Inspira-se na avançada técnica de
século 19. Balanchine utiliza movimentos de mãos (e, ocasionalmente, pés),
transformou as posições das pernas e os trajes (com túnicas em vez de tutus)
para distanciar-se do balé clássico e tradicionalmente romântico. O que sobra é
a dança em si, mais sofisticada e moderna, mantendo a sapatilha de ponta, mas
evitando a pantomina e o drama característica do ballet tradicional.
A dança moderna de Balanchine também trouxe mais bailarinos
para dançar em sua Cia, a New York City Ballet, uma delas foi Paul Taylor em
1959. Balanchine também trabalhou com dança moderna, com a coreógrafa Martha
Graham, expandindo às modernas técnicas e idéias. Também durante este período,
os coreógrafos, como John Butler e Glen Tetley começaram a combinar
conscientemente balé e técnicas modernas de experimentação."
Ser Bailarina!
Ser bailarina, não é apenas dançar, é sentir a dança
Ser bailarina é sentir a magia de dançar
É entrar no palco, sem pensar em mais nada
Ser bailarina é batalhar se esforçar o ano inteiro
Pra dançar aqueles minutinhos,
Vivendo a emoção da dança
É viver bem, viver saudavél,
Ser bailarina é transmitir a magia da arte para o mundo!!!!
Por Catarina Melo
sábado, 22 de setembro de 2012
Origem do Ballet
ós falamos, falamos e falamos sobre
diversos assuntos relacionados ao ballet; por isso, nada mais justo do
que conhecer a história dele. Os próximos posts que farei atenderão ao
pedido da Suellen, que me pediu auxílio para sua monografia; espero que
seja útil!
----------------------------------------------------------------------------------------------------
A origem do Ballet
O ballet (palavra de origem francesa) teve origem por volta do século XV, na Itália, durante a época renascentista.
Caracteriza-se
por ser uma dança muito peculiar, com técnicas próprias; era utilizada
para entreter a nobreza em geral. Se desenvolveu, principalmente, pelos
países europeus de grande porte. Foi introduzido na Rússia por Sergei Diaghilev, através da empresa Ballets Russes. Hoje, a Rússia é mundialmente conhecida pela quantidade de academias e bailarinos prósperos que apresenta.
Um dos ballets de repertório mais marcantes da nobreza foi o Ballet Cômico da Rainha, apresentado na França, em 1581, representando o pedido da rainha Catarina de Medicis.
Por
volta do século XX, o ballet já ganhara grande extensão pelo mundo. Nos
Estados Unidos, se desenvolveu um novo tipo da dança: o ballet
contemporâneo ou moderno. Este último apresentava diferentes ideologias,
maior ousadia e sentimento nas performances.
Hoje,
o ballet é considerado o pai das danças, pois é a base para o
desenvolvimento de outros ritmos. É uma dança marcada pela disciplina,
controle corporal, leveza de movimentos e harmonia.
Aqui estão alguns links com muitas informações sobre a origem do ballet:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Bal%C3%A9
- http://danseur.br.tripod.com/index_arquivos/ballet.htm
- http://bailarinas.kit.net/
- http://www.conexaodanca.art.br/imagens/textos/artigos/Hist%C3%B3ria%20do%20Bal%C3%A9%20(da%20Corte%20Renascentista%20%C3%A0%20Terra%20de%20Cassiano).pdf
- http://apologaia.forumais.com/t182-a-historia-do-ballet-comecou-ha-500-anos-atras-na-italia
- http://www.dicasdedanca.com.br/dicas-de-danca-a-historia-do-ballet.html
Olá pessoas lindas,
Então peço que vocês me adicionem no facebook meu nome é Catarina Melo, sou de Estência Sergipe e a minha fotinha sou eu com meu rosto de lado, usando um vestido preto com vermelho que quase não dá para ver (kkkk')!!
É isso...bjuus e até amanhã, vou deixar minha beleza descansar por algumas horas(hahaha)!!
Então peço que vocês me adicionem no facebook meu nome é Catarina Melo, sou de Estência Sergipe e a minha fotinha sou eu com meu rosto de lado, usando um vestido preto com vermelho que quase não dá para ver (kkkk')!!
É isso...bjuus e até amanhã, vou deixar minha beleza descansar por algumas horas(hahaha)!!
Ela, a Bailarina.
Ela, a bailarina. Era
ela a primeira bailarina de sua vida. Mas ela desejava mais. Ela queria
saber afastar toda a névoa de encanto e deslumbramento que encobre este
falso degrau, que se repete e se repete, e só sabe se repetir e fazê-la
tropeçar. Este encantamento que a impede de entender o que realmente
está por trás de todos os calos, todas as quedas e todos os
desapontamentos. Queria poder conseguir deixar o amor um pouco de lado.
Queria saber se controlar, queria conseguir se superar sempre que
quisesse, só pela força de vontade. Queria que dedicação, garra e paixão
fossem o suficiente. Queria que fossem flores os dias que se seguem e
que gira, gira e gira, tentando não cair. Queria perceber mais
facilmente que em cada tentativa fracassada está um passo mais perto de
conseguir. Queria que o cetim das suas sapatilhas fosse sempre
rosa-algodão-doce, que os rasgos da meia-calça não existissem, que as
manchas que sujam estas sapatilhas, adquiridas no linóleo,
desaparecessem. Mas rasgos, manchas, são o esforço disfarçado. Queria
apenas um lugar para morar, uma sala para dançar e uma música para se
libertar. E mesmo que não quisesse, às vezes, a força da gravidade
também a atingia. Mas isso não importa, pois flutuava sentada, deitada,
sangrando, cansada. Onde quer que estivesse, como estivesse, flutuava.
Na Ponta dos Pés…
Exercícios de ponta conferem beleza única ao ballet e são o sonho da
maior parte das bailarinas. No entanto, eles aumentam significativamente
o risco de lesões, e um preparo adequado é fundamental.
Não existe consenso sobre o momento em que se está pronto para iniciar os exercícios de ponta, e critérios como idade, tempo de treinamento, carga horária e força muscular são frequentemente usados. Porém… muitas bailarinas têm amigas da mesma idade fazendo exercícios de ponta, algumas vezes apenas porque frequentam escolas com critérios flexíveis em relação a essa questão, e pressionam seus professores para iniciá-los; os pais, que acham o exercício bonito, pressionam os diretores das escolas; estes, para não perder os alunos, muitas vezes tentam apressar todo o processo; e os professores sofrem pressões de todos os lados e de todos os tipos para colocar seus alunos na ponta, muitas vezes precocemente.
Em primeiro lugar é preciso entender que o corpo não amadurece da mesma forma e na mesma idade em todas as pessoas. Existe um período conhecido como “estirão do crescimento” que, apesar do nome, está associado a diversas alterações além do crescimento rápido. Nele ocorre o aumento da massa muscular, o desenvolvimento dos órgãos sexuais, o aumento dos pelos pubianos e axilares e, nas mulheres, o início do período menstrual. Observar essas características é importante na hora de se avaliar o quanto uma bailarina está pronta para iniciar o trabalho de ponta, uma vez que depois desse período o corpo se torna muito mais preparado para receber carga extra de treinamento.
Também é importante avaliar o objetivo de cada bailarina: se quiser praticar o ballet como recreação, sem objetivos de grandes rendimentos, a melhor opção é não realizar exercícios de ponta; e se realmente quiser fazer a ponta, é preciso que treine muito. Ela também precisa, obviamente, ter flexibilidade suficiente no pé, sem nunca esquecer que, ao contrario do que muita gente pensa, seu corpo inteiro precisa preparar-se para fazer a ponta, e não apenas o pé.
Ao subir na ponta, a bailarina se equilibra sobre uma área muito menor do que quando está apoiado sobre todo o pé. Se não tiver força, equilíbrio e acima de tudo habilidade técnica suficiente, além de não conseguir fazer os exercícios direito, o esforço para realizá-los será muito maior e isso poderá provocar lesões.
Ao avaliar um jovem bailarino, o médico deve sempre questioná-lo sobre o trabalho de pontas e eventualmente correlacionar alguma queixa a uma lesão específica. Caso perceba esta relação, não é seu papel decidir se o bailarino deve ou não fazer exercícios de ponta, mas sim orientá-lo para se preparar melhor para fazer os exercícios da forma mais saudável possível.
Não existe consenso sobre o momento em que se está pronto para iniciar os exercícios de ponta, e critérios como idade, tempo de treinamento, carga horária e força muscular são frequentemente usados. Porém… muitas bailarinas têm amigas da mesma idade fazendo exercícios de ponta, algumas vezes apenas porque frequentam escolas com critérios flexíveis em relação a essa questão, e pressionam seus professores para iniciá-los; os pais, que acham o exercício bonito, pressionam os diretores das escolas; estes, para não perder os alunos, muitas vezes tentam apressar todo o processo; e os professores sofrem pressões de todos os lados e de todos os tipos para colocar seus alunos na ponta, muitas vezes precocemente.
Em primeiro lugar é preciso entender que o corpo não amadurece da mesma forma e na mesma idade em todas as pessoas. Existe um período conhecido como “estirão do crescimento” que, apesar do nome, está associado a diversas alterações além do crescimento rápido. Nele ocorre o aumento da massa muscular, o desenvolvimento dos órgãos sexuais, o aumento dos pelos pubianos e axilares e, nas mulheres, o início do período menstrual. Observar essas características é importante na hora de se avaliar o quanto uma bailarina está pronta para iniciar o trabalho de ponta, uma vez que depois desse período o corpo se torna muito mais preparado para receber carga extra de treinamento.
Também é importante avaliar o objetivo de cada bailarina: se quiser praticar o ballet como recreação, sem objetivos de grandes rendimentos, a melhor opção é não realizar exercícios de ponta; e se realmente quiser fazer a ponta, é preciso que treine muito. Ela também precisa, obviamente, ter flexibilidade suficiente no pé, sem nunca esquecer que, ao contrario do que muita gente pensa, seu corpo inteiro precisa preparar-se para fazer a ponta, e não apenas o pé.
Ao subir na ponta, a bailarina se equilibra sobre uma área muito menor do que quando está apoiado sobre todo o pé. Se não tiver força, equilíbrio e acima de tudo habilidade técnica suficiente, além de não conseguir fazer os exercícios direito, o esforço para realizá-los será muito maior e isso poderá provocar lesões.
Ao avaliar um jovem bailarino, o médico deve sempre questioná-lo sobre o trabalho de pontas e eventualmente correlacionar alguma queixa a uma lesão específica. Caso perceba esta relação, não é seu papel decidir se o bailarino deve ou não fazer exercícios de ponta, mas sim orientá-lo para se preparar melhor para fazer os exercícios da forma mais saudável possível.
Lesões no Joelho
O joelho é a parte do corpo que mais provoca queixas nos bailarinos. É
também a maisincapacitante, de acordo com avaliação feita na Santa Casa
de São Paulo em estudo ainda não publicado.
As queixas relacionadas ao joelho decorrem principalmente da sobrecarga do mecanismo extensor, ou seja, das estruturas que permitem que o joelho se extenda, e caracterizam-se pela dor na parte da frente do joelho. Diversos diagnósticos podem estar associados à esta dor, como a tendinite patelar, a condromalacea da patela e a dor femoropatelar, entre outros. As queixas ocorrem principalmente durante o trabalho de ponta, na aterrizagem de saltos e em exercícios com o joelho muito flexionado (Plie, Gran Plie). No começo, a dor ocorre no inicio dos exercícios, melhorando depois de alguns minutos e retornando depois do treino . Com o tempo, o joelho passa a doer durante toda a atividade, e, finalmente, passa a doer mesmo fora do ballet, principalmente quando a pessoa permanece sentada por períodos prolongados, como em uma aula da escola ou no cinema.
A sobrecarga está associada não apenas ao excesso de exercícios, mas principalmente a um desequilíbrio muscular – tanto que essa é uma das ocorrências mais frequentes em pessoas sedentárias que iniciam uma prática esportiva sem ter a musculatura preparada para tal. O tratamento inicial consiste basicamente na fisioterapia para reequilíbrio muscular, e o resultado dessa fisioterapia quando bem realizada costuma ser bastante satisfatório para o controle da dor.
Entre as lesões traumáticas, as mais comuns são as que ocorrem nos ligamentos. Ainda que as ocorrências sejam muito menos frequentes do que nos esportes de contato, como o futebol e o basquete, eventualmente os bailarinos também têm esses tipos de lesões, que são bastante incapacitantes e na maioria das vezes requerem tratamento cirúrgico.
As queixas relacionadas ao joelho decorrem principalmente da sobrecarga do mecanismo extensor, ou seja, das estruturas que permitem que o joelho se extenda, e caracterizam-se pela dor na parte da frente do joelho. Diversos diagnósticos podem estar associados à esta dor, como a tendinite patelar, a condromalacea da patela e a dor femoropatelar, entre outros. As queixas ocorrem principalmente durante o trabalho de ponta, na aterrizagem de saltos e em exercícios com o joelho muito flexionado (Plie, Gran Plie). No começo, a dor ocorre no inicio dos exercícios, melhorando depois de alguns minutos e retornando depois do treino . Com o tempo, o joelho passa a doer durante toda a atividade, e, finalmente, passa a doer mesmo fora do ballet, principalmente quando a pessoa permanece sentada por períodos prolongados, como em uma aula da escola ou no cinema.
A sobrecarga está associada não apenas ao excesso de exercícios, mas principalmente a um desequilíbrio muscular – tanto que essa é uma das ocorrências mais frequentes em pessoas sedentárias que iniciam uma prática esportiva sem ter a musculatura preparada para tal. O tratamento inicial consiste basicamente na fisioterapia para reequilíbrio muscular, e o resultado dessa fisioterapia quando bem realizada costuma ser bastante satisfatório para o controle da dor.
Entre as lesões traumáticas, as mais comuns são as que ocorrem nos ligamentos. Ainda que as ocorrências sejam muito menos frequentes do que nos esportes de contato, como o futebol e o basquete, eventualmente os bailarinos também têm esses tipos de lesões, que são bastante incapacitantes e na maioria das vezes requerem tratamento cirúrgico.
Lesões Musculares
Lesões musculares: como ocorrem?
Inicialmente, vou abordar alguns conceitos de anatomia
que muitos não conhecem e que são essenciais para compreender por que
ocorrem alguns tipos de lesões nos esportistas de maneira geral e nos
bailarinos em particular.
Articulação é a união de um osso a outro. Exemplos de
articulações no corpo humano são o ombro, o quadril, o joelho e o
tornozelo. Os ossos são ligados uns aos outros por ligamentos e por
músculos, sendo que a parte final dos músculos, que se prende aos ossos,
é denominada tendão.
A principal diferença entre ligamentos e músculos é que
os ligamentos não são capazes de se contrairem e de produzirem
movimento; sua função é apenas a de dar estabilidade a uma articulação.
Os músculos, pelo contrário, são capazes de se contrairem e produzirem
movimentos, além de ajudar na estabilização.
Para cada grupo de músculos capaz de realizar um
determinado movimento existe outro grupo de músculos capaz de evitar
este movimento e de gerar o movimento oposto. Assim, por exemplo, existe
um grupo de músculos que faz o joelho esticar e outro que faz o joelho
dobrar. Músculos que realizam o mesmo tipo de movimento são chamados
agonistas, e os que realizam movimentos opostos, antagonistas.
O movimento de uma articulação depende, desta forma, do
equilíbrio da musculatura que a cruza. Assim, se os músculos que fazem o
joelho esticar estiverem se contraindo com mais força do que aqueles
que fazem o joelho dobrar, o joelho irá esticar. Os músculos flexores do
joelho (aqueles que fazem o joelho dobrar), mesmo que estejam
produzindo força, se alongarão. Este processo é semelhante ao que ocorre
em uma brincadeira de cabo de guerra, quando um grupo de pessoas, mesmo
tentando puxar a corda para trás, é puxada para a frente.
Quando existe um desequilíbrio de forças entre um grupo
muscular agonista e um grupo antagonista, o grupo mais fraco terá que
fazer um esforço excessivo para manter a estabilidade de uma articulação
e entrará em fadiga. Caso o esforço persista, o músculo não mais será
capaz de resistir à força realizada pela musculatura antagonista e
ocorrerá uma lesão muscular.
Evitando lesões musculares
Ao se compreender o que causam as lesões musculares,
fica muito mais fácil de se compreender o que pode ser feito para evitar
estas lesões. Abordarei aqui alguns aspectos excenciais na prevenção
das lesões musculares.
1. Reequilíbrio muscular
A maior parte das atividades físicas, entre as quais a
dança, requer a repetição de movimentos. Com o tempo, isso faz com que
certos grupos musculares fiquem muito mais fortalecidos do que seus
antagonistas. Um exemplo é a posição em dehors, preconizada na
maior parte dos exercícios do ballet, na qual ocorre a rotação da perna
para fora. A musculatura que mantém a perna em dehors é muito mais trabalhada do que a musculatura que mantém a perna em dedans. O desequilíbrio de forças pode levar a uma lesão dos músculos rotadores internos do quadril (responsáveis por manter a perna em dedans).
Da mesma forma, os músculos dorsais na coluna são muito mais
trabalhados do que os abdominais, e diversos outros exemplos poderiam
ser dados.
As pessoas que praticam esportes com uma carga horária
elevada devem, desta forma, buscar intercalar diferentes tipos de
exercícios. No caso dos bailarinos, por exemplo, é recomendável também
praticar outras formas de atividades físicas, buscando trabalhar os
grupos musculares que não são muito exigidos na prática da dança. Isso
evita as lesões musculares bem como outras lesões por sobrecarga, como
as tendinites e as dores articulares em geral.
2. Alongamento
A falta de alongamento adequado faz com que a
musculatura trabalhe sempre no seu limite, colocando-se sob o risco de
lesão. Os bailarinos possuem um alongamento excessivo nas suas
articulações, mas vale lembrar que os exercícios realizados no ballet
também exigem movimentos que vão além do que seria considerado normal
para a população em geral. Portanto, não deixem de fazer os exercícios
adequados de alongamento!
3. Aquecimento
A musculatura, quando não está aquecida, tem uma
capacidade limitada de se alongar. Se os exercícios forem iniciados sem o
aquecimento adequado, ao se tentar realizar movimentos que exijam
grande alongamento da musculatura esta ficará sob risco de lesões.
4. Evitar fadiga
Já foi usado o exemplo do cabo de guerra, que usarei
novamente. Quando as pessoas estão cansadas, fica muito mais fácil elas
serem puxadas para o lado oposto. Com a musculatura ocorre o mesmo, e
uma musculatura fatigada está mais arriscada a ter lesões. Isto explica
por que as lesões musculares ocorrem com mais frequência ou no início
dos exercícios (quando a musculatura não está aquecida) ou no final
(quando há fadiga).
Portanto, ao praticar a dança – e isso vale para
qualquer esporte! –, é importante seguir alguns princípios: não exceda
na carga horária se seu corpo não estiver preparado para isso; evite
aumentos repentinos na carga horária; alimente-se adequadamente; tenha
períodos de descanso adequado, e respeite este período para realmente
descansar – um período de sono adequado é essencial.
Me machuquei. E agora?
As lesões musculares podem ser classificadas em três graus crescentes de gravidade:
Grau I: estiramento muscular. Ocorre
uma deformação das fibras musculares, que se tornam alongadas e não são
capazes de retornar ao comprimento original. Essas lesões produzem pouca
limitação e em um curto período o atleta poderá retomar as
performances.
Grau II: rotura de algumas fibras
musculares (rotura incompleta do músculo). Essas lesões produzem maior
limitação e exigem maior período de afastamento.
Grau III: Rotura completa do músculo.
Essas lesões exigem período ainda maior de afastamento e em alguns casos
pode até ser indicado o tratamento cirúrgico.
Um profissional experiente é capaz de avaliar
razoavelmente bem o grau de gravidade de uma lesão apenas examinando o
paciente, mas em casos mais incapacitantes é benéfico fazer uso de
ultrassonografia ou ressonância magnética para ajudar, pela imagem, a
determinar o grau da lesão.
O tratamento inicial, no entanto, é o mesmo,
independente da gravidade da lesão, e o ideal é que seja iniciado assim
que a lesão ocorre, de preferência ainda no local onde ocorreu. Consiste
de cinco fatores denominados em inglês pela sigla PRICE (Protection,
Rest, Ice, Compretion and Elevation), que, traduzindo para o português,
seria Proteção, Repouso, Gelo, Compressão e Elevação.
Proteção: pode variar do simples
afastamento da atividade esportiva até o uso de muletas ou mesmo a
imobilização, dependendo da intensidade da dor.
Repouso: deve ser o maior possível para evitar a dor
Gelo: pode-se colocar uma bolsa de gelo
sobre o local lesionado por cerca de 15 minutos, com intervalo mínimo
de 4 horas entre as aplicações; períodos maiores do que 15 minutos ou
menores do que 4 horas de intervalo podem ser prejudiciais.
Compressão: feita através de enfaixamento, sem tensão excessiva.
Elevação: de acordo com o local e a gravidade, elevar a região acometida.
A avaliação da lesão por um médico especializado é
importante para determinar qual a musculatura acometida e qual o grau da
lesão, para que seja indicado o tratamento correto. Além dos fatores
indicados acima, que podem ser iniciados pelo próprio atleta, pode-se
usar medicamentos para o controle da dor, mas isso não deve ser feito de
forma indiscriminada: os antiinflamatórios, por exemplo, usados muitas
vezes sem prescrição médica, podem prejudicar a cicatrização muscular se
tomados em excesso.
O retorno à prática do esporte deve ser feito conforme
orientação médica. O retorno precoce, assim que a dor melhora, pode
levar a uma re-rotura, e todo o período prévio de tratamento terá sido
perdido.
Peculiaridades da dança em relação às lesões musculares
As lesões musculares mais frequentes ocorrem na região
posterior da coxa, e entre os bailarinos isso não é exceção. Entre eles,
porém, o padrão das lesões é diferente.
Na maioria dos atletas, como os jogadores de futebol e
os corredores, por exemplo, as lesões ocorrem devido a contrações
musculares muito intensas, como em uma corrida rápida. Em geral, essas
lesões ocorrem pouco acima do joelho.
No caso dos bailarinos, as lesões ocorrem em movimentos
relativamente mais lentos, porém com uma amplitude de movimento
excessiva. A região acometida em geral é mais acima, próxima ao quadril,
e infelizmente a recuperação destas lesões é mais difícil: a
vascularização do músculo nesta região é pior, fazendo com que o tempo
de recuperação seja mais prolongado; a dor nem sempre é um bom
parâmetro, uma vez que costuma ser relativamente mais leve, dando a
impressão de que a recuperação será fácil; as cicatrizações
insuficientes e a re-rotura destas lesões são bem mais frequentes do que
aquelas que ocorrem próximas ao joelho.
Os Mitos da Tendinite
Tendinite é um termo médico que significa “tendão inflamado”,
mas mais correto seria dizer “tendinopatia”, ou seja, “tendão doente”,
já que muitos casos descritos como tendinite estão associados não a uma
inflamação do tendão, mas a um desgaste deste. De qualquer forma, como
este texto não é direcionado a profissionais da área médica, e como
tendinite é um termo a que todos estão acostumados e muitos usam quando
sentem dor no tendão, descreverei aqui as tendinopatias como tendinite.
O tendão é a parte final de um músculo – a parte que se prende aos ossos. O processo pelo qual a tendinite se desenvolve está associado a desequilíbrios musculares e à carga excessiva de esforço realizado pelo tendão. Boa parte do processo pelo qual as tendinites se desenvolvem é semelhante ao que leva às lesões musculares, de forma que a leitura do texto sobre lesões musculares também é válido para compreender as tendinites.
Todo tendão sofre um processo contínuo de remodelação, no qual suas fibras vão se desgastando e são absorvidas, ao mesmo tempo em que novas fibras são formadas. Se a pessoa pratica menos atividade física do que aquela para a qual está preparada, seu corpo entende que ela não precisa de um tendão tão forte e a absorção das fibras torna-se maior do que sua formação – e o tendão perde força. Caso a pessoa faça mais esforço do que aquele com o qual está acostumada, a formação das fibras passa a ser maior do que sua destruição – e o tendão torna-se mais forte.
Este processo, porém, tem um limite. A capacidade de formar novas fibras é limitada, e se a atividade física for excessiva, a desruição torna-se maior do que a formação. Este processo de destruição aumentada faz com que ocorra um processo. Com o tempo, este processo leva ao desgaste e à perda da força do tendão.
A atividade física pode atuar de formas diferentes sobre o tendão. Dentro de um certo nível de atividade, ela é benéfica, promovendo uma formação de fibras maior do que sua destruição. Esta quantidade de atividade física é conhecida como “envelope de função”. É o nível de atividade que se deve buscar realizar. Quando se faz atividade acima do envelope de função, a destruição de fibras torna-se muito grande, levando às tendinites, o que mostra que a atividade está sendo maléfica. Caso se faça menos atividade, a formação de fibras é tão reduzida que o tendão perde força.
Compreendendo-se este processo, fica fácil entender o tratamento, que tem por objetivo final a melhora da força do tendão comprometido, aumentando assim o envelope de função.
Os mitos da tendinite
1. Tendinite não tem cura
Esta é uma verdade parcial. A parte do tendão que já está degenerada tende a permanecer assim, mesmo mediante tratamento, e por este ponto de vista realmente a tendinite não tem cura. Muitas pessoas, porém, têm algum grau de degeneração e nem sabem disso, uma vez que são capazes de manter suas atividades físicas dentro de um envelope de função que consideram satisfatório. O tratamento da tendinite deve ter por objetivo fortalecer o tendão e aumentar o envelope de função, de forma que a pessoa consiga realizar sua atividade sem ter dor. Por este ponto de vista, se considerarmos a cura como a melhora da dor, a tendinite pode sim ser curada.
2. Deve-se usar anti-inflamatórios
Os medicamentos anti-inflamatórios são usados de forma indiscriminada pela população em geral para o tratamento das dores e os atletas e dançarinos em geral não fogem a esta regra. Deve-se, porém, ter em mente qual o papel da inflamação e dos anti-inflamatórios.
A inflamação é o processo pelo qual as fibras destruídas do tendão (no caso das tendinites) são absorvidas para serem então substituídas. A dor faz parte do processo inflamatório, mas tem uma função importantíssima: como a inflamação indica que a pessoa está se excedendo na atividade, a dor faz com que esta pessoa faça menos atividade e impeça, assim, a destruição ainda maior das fibras. Como o uso de anti-inflamatórios mascara este processo, ele permite que a pessoa, sem perceber, continue fazendo atividade em um nível prejudicial.
Outro fator importante é que, como já mencionei, quando a dor se torna crônica, a fraqueza do tendão – e não o processo inflamatório – é que torna-se o fator preponderante. O efeito analgésico dos anti-inflamatórios, neste caso, torna-se bastante limitado, devendo-se dar preferência a outros analgésicos que não os anti-inflamatórios, cujo uso indiscriminado está associado a diversos problemas gástricos, cardíacos e renais.
3. A fisioterapia não funciona
Como já mencionei, o ponto principal do tratamento deve ser o fortalecimento dos tendões – de forma que a fisioterapia tem sim um papel fundamental. A fisioterapia, porém, é muitas vezes realizada de forma inadequada, utilizando-se apenas de medidas para tirar a dor (ultrassom, eletroterapia e gelo, entre outras). Estas são medidas de fácil realização e de baixo custo, e frente ao excesso de pacientes muitas vezes tornam-se o foco principal do tratamento. São medidas válidas e devem ser utilizadas, mas sem um trabalho de fortalecimento e alongamento adequado, têm pouco valor.
Antes de dizer que a fisioterapia não funciona, veja se ela foi realizada de forma adequada.
O tendão é a parte final de um músculo – a parte que se prende aos ossos. O processo pelo qual a tendinite se desenvolve está associado a desequilíbrios musculares e à carga excessiva de esforço realizado pelo tendão. Boa parte do processo pelo qual as tendinites se desenvolvem é semelhante ao que leva às lesões musculares, de forma que a leitura do texto sobre lesões musculares também é válido para compreender as tendinites.
Todo tendão sofre um processo contínuo de remodelação, no qual suas fibras vão se desgastando e são absorvidas, ao mesmo tempo em que novas fibras são formadas. Se a pessoa pratica menos atividade física do que aquela para a qual está preparada, seu corpo entende que ela não precisa de um tendão tão forte e a absorção das fibras torna-se maior do que sua formação – e o tendão perde força. Caso a pessoa faça mais esforço do que aquele com o qual está acostumada, a formação das fibras passa a ser maior do que sua destruição – e o tendão torna-se mais forte.
Este processo, porém, tem um limite. A capacidade de formar novas fibras é limitada, e se a atividade física for excessiva, a desruição torna-se maior do que a formação. Este processo de destruição aumentada faz com que ocorra um processo. Com o tempo, este processo leva ao desgaste e à perda da força do tendão.
A atividade física pode atuar de formas diferentes sobre o tendão. Dentro de um certo nível de atividade, ela é benéfica, promovendo uma formação de fibras maior do que sua destruição. Esta quantidade de atividade física é conhecida como “envelope de função”. É o nível de atividade que se deve buscar realizar. Quando se faz atividade acima do envelope de função, a destruição de fibras torna-se muito grande, levando às tendinites, o que mostra que a atividade está sendo maléfica. Caso se faça menos atividade, a formação de fibras é tão reduzida que o tendão perde força.
Compreendendo-se este processo, fica fácil entender o tratamento, que tem por objetivo final a melhora da força do tendão comprometido, aumentando assim o envelope de função.
Os mitos da tendinite
1. Tendinite não tem cura
Esta é uma verdade parcial. A parte do tendão que já está degenerada tende a permanecer assim, mesmo mediante tratamento, e por este ponto de vista realmente a tendinite não tem cura. Muitas pessoas, porém, têm algum grau de degeneração e nem sabem disso, uma vez que são capazes de manter suas atividades físicas dentro de um envelope de função que consideram satisfatório. O tratamento da tendinite deve ter por objetivo fortalecer o tendão e aumentar o envelope de função, de forma que a pessoa consiga realizar sua atividade sem ter dor. Por este ponto de vista, se considerarmos a cura como a melhora da dor, a tendinite pode sim ser curada.
2. Deve-se usar anti-inflamatórios
Os medicamentos anti-inflamatórios são usados de forma indiscriminada pela população em geral para o tratamento das dores e os atletas e dançarinos em geral não fogem a esta regra. Deve-se, porém, ter em mente qual o papel da inflamação e dos anti-inflamatórios.
A inflamação é o processo pelo qual as fibras destruídas do tendão (no caso das tendinites) são absorvidas para serem então substituídas. A dor faz parte do processo inflamatório, mas tem uma função importantíssima: como a inflamação indica que a pessoa está se excedendo na atividade, a dor faz com que esta pessoa faça menos atividade e impeça, assim, a destruição ainda maior das fibras. Como o uso de anti-inflamatórios mascara este processo, ele permite que a pessoa, sem perceber, continue fazendo atividade em um nível prejudicial.
Outro fator importante é que, como já mencionei, quando a dor se torna crônica, a fraqueza do tendão – e não o processo inflamatório – é que torna-se o fator preponderante. O efeito analgésico dos anti-inflamatórios, neste caso, torna-se bastante limitado, devendo-se dar preferência a outros analgésicos que não os anti-inflamatórios, cujo uso indiscriminado está associado a diversos problemas gástricos, cardíacos e renais.
3. A fisioterapia não funciona
Como já mencionei, o ponto principal do tratamento deve ser o fortalecimento dos tendões – de forma que a fisioterapia tem sim um papel fundamental. A fisioterapia, porém, é muitas vezes realizada de forma inadequada, utilizando-se apenas de medidas para tirar a dor (ultrassom, eletroterapia e gelo, entre outras). Estas são medidas de fácil realização e de baixo custo, e frente ao excesso de pacientes muitas vezes tornam-se o foco principal do tratamento. São medidas válidas e devem ser utilizadas, mas sem um trabalho de fortalecimento e alongamento adequado, têm pouco valor.
Antes de dizer que a fisioterapia não funciona, veja se ela foi realizada de forma adequada.
Como Aumentar a Durabilidade da Sapatilha
Alterne os pés das sapatilhas
Todo mundo sabe que sapatilhas de ponta
não têm pé direito e esquerdo. Portanto, trocar os pés a cada aula pode
dobrar sua vida útil, principalmente quando um pé é mais forte do que
outro. Isso só não poderá ser feito se houver uma diferença anatômica
muito grande entre o pé direito e o pé esquerdo. Caso contrário,
alternar os pés é muitíssimo recomendado.
Controle a umidade
Durante as aulas, os pés suam bastante e a
umidade diminui vertiginosamente a durabilidade da sapatilha, pois o
material utilizado é bem absorvente. Primeiro, evite utilizá-las sem a
meia-calça. Algumas bailarinas fazem isso sem saber que suas sapatilhas
correm risco. Após a aula, preencha a caixa da sapatilha com papel
toalha. Quando chegar em casa, pendure as sapatilhas em local ventilado.
Se você mora em lugar frio, pode deixá-las próxima ao forno ou atrás da
geladeira. Algumas bailarinas chegam a colocar as sapatilhas dentro do
forno, mas acho que isso é excesso de zelo. Não se esqueça de desfazer
as rugas do cetim durante a secagem. A secagem deve durar um dia inteiro
dependendo da temperatura ambiente.
Conserve com cuidado
Algumas bailarinas mais desleixadas
simplesmente jogam a sapatilha dentro da bolsa e as deixam assim. Após
fazer o controle da umidade, dobre o calcanhar e enrole as fitas nele.
Isso preserva o formato da sapatilha e das fitas.
Se mantiver as sapatilhas guardadas por
um longo período de tempo, tome cuidado para que elas não sejam
corroídas por insetos. Sim! Isto acontece! Neste caso, mantenha as
sapatilhas em lugar bem frio durante o inverno e bem seco durante o
verão. A umidade possibilita o crescimento de fungos e proliferação de
insetos.
Faça um rodízio
Se puder, utilize sempre dois pares de
sapatilhas em esquema de rodízio. Enquanto realiza o controle de umidade
de um par, você utiliza o outro em sala de aula. Alterne as sapatilhas a
cada aula e troque após uma hora de uso durante os ensaios. O rodízio
das sapatilhas aumenta seu tempo de vida em 50%.
Costurar a plataforma da sapatilha é
bastante comum no exterior. No Brasil, são raras as bailarinas que têm
esse hábito. Isso porque costurar a plataforma dá um certo trabalho,
pois são utilizadas linhas e agulhas mais grossas e também um alicate.
Apesar disso, fazer esta costura evita que o cetim rasgue com facilidade
e proporciona maior estabilidade, pois a superfície da plataforma da
sapatilha sofre um ligeiro aumento.
E se você tem mais alguma dica de como aumenta a durabilidade da sua sapatilha, por favor, compartilhe conosco, ok?
Você está pronta para subir nas pontas?
Pré-requisitos para o trabalho de pontas (por Charles Maple)
Iniciar o trabalho de pontas é um dos maiores ritos de passagem de uma aspirante a bailarina. É algo no qual várias alunas mantêm o foco e é um dos grandes grandes obstáculos no caminho de se tornar a aluna mais nova e entrar para o grupo das alunas mais velhas.
Em várias performances de ballet, as bailarinas principais geralmente dançam nas pontas. E há algo de tão gracioso que todas as alunas desejam ser como aquela linda jovem no palco.
O trabalho de pontas é muito mais árduo do que parece e pode ser também bastante perigoso para jovens alunas cujos pés ainda não são fortes o bastante e não apresentam a anatomia do tornozelo ainda apropriada, ou ainda não possuem habilidade técnica suficiente para controlar o resto do corpo enquanto estão dançando.
Na verdade, é uma combinação entre maturidade física e técnica para controlar os pés e os tornozelos o que determina se a jovem bailarina está pronta para subir nas pontas.
Mesmo garotas que estudem na mesma escola, façam as mesmas aulas e estejam na mesma idade, não é raro que algumas estejam prontas antes que outras. Esta prodigalidade possui um determinante genético. Porém, normalmente o que se considera é a capacidade da aluna em atender corretamente às correções em sala, bem como o fato de já estar fisicamente forte. Considerando todos estes pontos, é que o professor avaliar se a aluna está apta ou não para manter a concentração mesmo utilizando os sapatos de ponta.
Aos 12 anos, dependendo da maturidade da menina, as porções cartilaginosas dos ossos dos pés, que são ainda macias durante a infância, tornam-se mais rígidas e as chances de lesões diminuem bastante. Entretanto, isso não significa que toda aluna está pronta para subir nas pontas aos 12 anos de idade. Vamos obserar alguns pré-requisitos que determinar a maturidade para o trabalho de pontas.
Permuta dos dedos dos pés
Tentar levanter os dedos dos pés separadamente é um excelente método para avaliar o controle consciente da pequena bailarina sobre os músculos dos seus dedos.
Arquear a planta do pé
Na planta dos pés, há pequenos músculos cujo controle é essencial para subir corretamente na meia-ponta e em seguida nas pontas.
Extensão do Tornozelo
Uma extensão de tornozelo adequada é essencial para que a bailarina seja capaz de subir nas pontas. A extensão ideal do tornozelo para o trabalho de pontas é de 0 a +5 graus.
Extensão do dedão
A facilidade em empurrar o dedão do pé aplicando uma pressão sobre ele e não encontrar restrições durante o movimento é essencial para o trabalho de pontas.
Outras considerações
Os principais aspectos que devem ser levados em conta para avaliar a capacidade das alunas para o trabalho de ponta são: manter o controle do corpo, da postura, o controle funcional, o controle dos pés, a idade, o estágio de desenvolvimento, a mobilidade, a altura, o peso e, obviamente, a maturidade da pequena bailarina.
O uso das pontas não é anatômico. Pelo contrário, ele traz um enorme potencial de lesões. Então, o importante é zelar pela saúde da bailarina e não causar antecipar problemas desnecessariamente, não é mesmo? Prevenir é melhor que remediar!
A Importância Dos Braços
De uns tempos pra cá, tenho prestado bastante atenção numa parte do corpo que muitas vezes é deixada de lado pelas bailarinas iniciantes: os braços.
Isto porque, quando se começa, há muito mais interesse nas pontas, nas pernas e na flexibilidade. Uma coisa que muitas bailarinas não reparam é que grande parte da expressão na hora de dançar vem dos braços (e mãos!). Estou cada vez mais apaixonada por eles!
Antes, eu achava que ia demorar muito até o ballet começar a moldar os meus braços, visto que a gente só acaba dançando mesmo em época de ensaios. Mas depois comecei a reparar nas dores que eu sentia após uma aula de retorno de férias. Senti as mesmas dores esta semana e pensei a mesma coisa "Nossa, como a gente trabalha braço sem saber!"
Engana-se quem pensa que os músculos dos braços não estão sendo trabalhados no ballet, seja na barra, no centro ou na diagonal. No centro é onde mais sofro, sustentando os dois nas diversas posições enquanto realizo os passos.
O negócio com o braço do ballet é nunca deixar o cotovelo cair. Minha professora diz que você tem que se sentir como se estivesse pendurada num varal por pregadores. haha Quando você encontra a posição correta, é quando começa a sentir a dor da malhação. Eu demorei todos esses 3 anos de ballet para realmente entender e até hoje me policio 100% do tempo para manter tudo no lugar. É difícil, mas quando se encontra a tal linha, fica tudo mais bonito! Os braços são como molduras, penso eu.
Conforme o nível das aulas vai subindo, vamos misturando cada vez mais posições de braços com sequências de passos e saltos e, apesar de caótico, estou adorando e tentando me dedicar ao máximo.
Aprendi que uma bailarina não é nada sem braços bonitos e expressivos. Prova do quanto eles são importantes é o révérence, o agradecimento que fazemos no final de todas as aulas. É uma das minhas partes favoritas, porque em muitas aulas é o único momento no qual dançamos de verdade. E se pararmos para observar, ele é praticamente uma sequência de movimentos (lindos) de braços.
Fazer o révérence no final de toda aula me ajudou a desenvolver mais esse lado expressivo. Então, se tem uma dica que posso dar a respeito de braços é: se joga no révérence! haha
Não consegui encontrar videos bons de révérence no YouTube para finalizar o post
Paciência, dedicação e o que mais vier por aí
Aonde elas vão chegar, só depende delas.
Uma bailarina precisa de ter em sua mente aonde quer chegar, precisa de traçar metas mas, e principalmente, precisa de fôlego e paciência para fazer as coisas acontecerem, ainda que demorem um tantinho. Se nesses quatro anos de balé pude aprender alguma coisa é que, como tudo na vida, não adianta se a gente se desespera, senta num canto da parede e pensa em desistir porque "ah, não tenho abertura suficiente!" ou "nunca vou conseguir ter..." ou outra coisa qualquer, afinal (e sei que parece meio óbvio) essa não é a solução do problema. Lembro-me de voltar para a casa tristonha depois das aulas, completamente exausta em todos os sentidos, e, em algumas das vezes, me largar no colo da minha mãe sem mais conter o choro enquanto tentava encontrar um motivo para não me sentir tão incapaz. Depois parei com isso. Decidi tentar algo diferente. Se ainda falta muito - tudo bem, eu digo a mim mesma - respire e tente de novo, devagarzinho. Não queira ir de 45º à 180º de uma só vez. Vá a 50º primeiro, e depois a 60º - quem sabe. E, devo confessar, depois que me acostumei a fazer isso eu realmente deixei de me importar se o balé me levará a algum lugar, se eu alcançarei a linha de chegada ou ficarei pelo meio do caminho. Deixei de me preocupar com o que ainda há de acontecer e tratei de me dedicar ao que faço agora, porque, eu percebi, o que me faz feliz são as minhas conquistas - aqueles momentos de êxtase em que a gente grita "consegui!" e corre para mostrar a todo mundo o que podemos fazer - não as minhas expectativas, e que com a dedicação da qual disponho no momento as coisas têm muito mais chances para acontecerem futuramente. Como uma semente que é plantada e regada todos os dias com carinho e afinco.
Retrato de bailarinas por Degas
Duas Bailarinas no Palco, 1874.
Nunca reparei neste quadro que está há tanto tempo na parede da minha
sala de balé. Até conhecer o trabalho de Edgar Degas e, com ele, toda a
sua sensibilidade, tanto para a arte como para a vida.
Bailarina em Frente da Janela, 1877.
E este estará, muito em breve, na parede do meu quarto.
Pois é. Inspiração.
Sonho, sonho. Realidade, à parte.
Sei que, às vezes, posso parecer um tanto sonhadora demais - até para
mim mesma - e estive a pensar ao que isso me levaria, quero dizer, o que
poderia me acontecer na pior das hipóteses. Foi aí que descobri que
posso perfeitamente separar, na minha vida, os meus sonhos e a minha
realidade.
Foto: We Heart It |
Eu sonho em
ser uma bailarina profissional, ingressar em alguma companhia de dança e
viajar pelo mundo para fazer o que eu amo, sonho em ter flexibilidade,
equilíbrio, força, concentração, destreza, delicadeza, fluidez e tudo o
mais que seja necessário. Sonho em dançar tão bem quanto respiro. Em me
superar a cada dia - a dor, o cansaço, a ansiedade, o medo. Bater meus
próprios recordes. Vibrar de felicidade por conseguir o que custara
muito esforço. Ser bailarina completa.
A minha realidade é que faço aulas de balé por duas horas duas vezes na
semana, há quatro anos, tendo parado por um ano na metade deste tempo. É
que nunca dancei nenhum repertório, nem fiz nenhum solo, tampouco pas de deux.
E que não tenho tanta flexibilidade quanto gostaria. Nem equilíbrio.
Nem força. Nem todas as outras coisas de que falei. E que considero meu
desempenho nas pontas um tanto quanto precário. A minha realidade é que
assisto vídeos de dança na internet que fazem meus olhos marejarem de
admiração e que, eventualmente, me deixam deprimida, pensando que eu
jamais conseguiria fazer o que aqueles bailarinos incríveis fazem (sei
que a gente tenta fugir dessa coisa do "nunca", mas todo mundo sabe que é
inevitável). A minha realidade é que moro em cidade pequena, onde não
há teatros (exceto por um, totalmente inviável para apresentações de
dança) e que temos sorte de que a nossa escola de balé exista. E que,
talvez, muito provavelmente, terei de deixá-la no próximo ano, devido
aos estudos.
Mas eu não penso em parar de dançar. Não depois de ter experimentado.
Não depois de ter subido nas pontas pela primeira vez. Não depois do som
dos aplausos, nos espetáculos. Muito menos depois de ter aprendido a
ser menos desengonçada (hahaha).
A concepção de sonho e realidade muda na dança. Que parece sonho, mas é
real. Que parece arte, mas, para muitos, é vida. Porém, acho que sou
capaz de discernir até onde posso ir, dentro das minhas possibilidades,
sem ainda analisar a questão de que "nada é impossível". E para dançar, antes de tudo, é necessário manter os pés no chão. Mesmo um salto tem dois pliés.
Révérence
Foto: lookbook.nu |
Bailarina, dance pra mim
Bailarina, fique aqui
A sua dança é toda poesia
Desperta alegria onde havia dor
Rodopia no palco da vida,
Naquela caixinha em forma de amor
Bailarina, dance pra mim
Bailarina, fique aqui
De manhã e mesmo à noite
Ofusca o brilho de estrela qualquer
E meu coração, tão bobo da corte
Se contenta com o fato de ser o que é
Bailarina, dance pra mim
Bailarina, fique aqui
Ou, quem sabe, me leve com você
Me mostre um mundo de tudo ao revés
Acolha minhas rosas no révérence
Enquanto aplaudo de pé, aos seus pés
Fiz esse poema em homenagem às bailarinas, já que hoje é o nosso dia. Espero não ter sido injusta com os bailarinos, eles não são menos merecedores. Felicidade, a todos e todas! E muita dança sempre!
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